alta de planejamento urbano, de medidas para prevenção e de formas de absorção da água pelo solo são traços comuns nas regiões afetadas; sistemas de a

O que foi feito e o que falta fazer para evitar mais tragédias causadas por chuvas

destruição e o caos que se repetem a cada nova temporada de chuvas fortes em diferentes regiões do país – como ocorreu neste verão em Belo Horizonte, Rio e São Paulo – têm ao menos dois fatores em comum:

  • falta de planejamento urbano nas cidades afetadas;
  • ausência de medidas para prevenção desse tipo de tragédia.

Especialistas apontam que há uma série de ações que o poder público deveria tomar para, ao menos, reduzir o impacto de alagamentos, enchentes, deslizamentos de terra e desmoronamentos. São eventos recorrentes e catastróficos, que custam vidas e trazem transtornos de toda sorte – do trânsito travado à interrupção de serviços públicos essenciais, passando por prejuízos milionários à economia.

G1 apurou com o governo ou com a prefeitura das capitais de 5 estados quais operações já estão em curso e quais se encontram ainda em fase de planejamento para enfrentar essas situações extremas. Também foram ouvidos pesquisadores das áreas de planejamento urbano e ambiental.

Estudiosos atentam para a necessidade de permeabilização das cidades. Ou seja, é preciso assegurar que a água da chuva passe pelo solo e seja absorvida – e não se acumule na superfície. São exemplos de áreas permeáveis: grandes espaços verdes (como parques) e locais com solo nu ou vegetação rasteira (jardins, gramados, arbustos).

Não se deve descuidar, ainda, da manutenção das bacias de rios, da recuperação de matas ciliares (vegetação às margens de rios) e da implementação de políticas habitacionais que viabilizem a saída de moradores de zonas de risco.

Em conjunto, esse apanhado de iniciativas ajudaria a enfrentar mesmo situações excepcionais, em que o volume da água da chuva supera abundantemente as previsões, como ocorrido em Belo Horizonte em janeiro, mês em que a capital mineira teve maior registro de precipitação em 110 anos.

Há cidades e estados que criaram sistemas de alerta para áreas sujeitas a enchentes ou a deslizamentos. Ou que iniciaram processo de contenção de encostas, limpeza de bocas de lobo e desassoreamento de rios. São condutas indispensáveis – mas insuficientes para afastar em definitivo riscos de novas calamidades.