Grupo levou bandeira do Brasil, carro de som e faixa

Grupo faz carreata no centro de BH pedindo retomada do funcionamento do comércio

Dezenas de pessoas participam, nesta sexta-feira (27), de um protesto a favor da retomada do funcionamento do comércio e das empresas em geral em Minas Gerais. O grupo saiu em carreata da Cidade Administrativa em direção à sede da Prefeitura de Belo Horizonte e manifesta contra as medidas de isolamento social, impostas pelo poder público para conter o avanço do coronavírus. Eles pedem a suspensão do decreto municipal, sancionado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), que determinou a paralisação de uma série de atividades na capital. 

“O Brasil é um país pobre, que não tem condições de ficar 30, 40, 60 dias parado, sem produzir. Se continuarmos assim, teremos um caos social pior do que as consequências do próprio vírus. Queremos que as empresas voltem a trabalhar normalmente e que as pessoas que estão na faixa de risco fiquem em casa”, afirma Syllas Valadão, fundador do movimento Patriotas. 

“O objetivo é apoio total ao governo de Bolsonaro, estamos em linha com ele. Achamos que as pessoas precisam voltar ao trabalho urgentemente, mesmo porque existe somente um grupo de risco, que são os idosos e as pessoas com imunodeficiências. Nós acreditamos que esse vírus foi propagado no Brasil no Carnaval”, diz a microempresária e representante comercial, Adriana Borges, 45. 

Na semana passada, o governo de Minas decretou calamidade pública para combater a pandemia de coronavírus, impondo diversas restrições ao funcionamento do comércio em todo o Estado como forma de evitar aglomerações – a medida é considerada essencial por especialistas para prevenir a Covid-19. Está proibido o funcionamento de feiras, shoppings, cinemas, academias de ginástica, clínicas de estética, entre outros estabelecimentos. 

Mas, nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro criticou o fechamento de comércios e escolas e defendeu a adoção do isolamento vertical, que abrange apenas idosos e pessoas com comorbidades, considerados os grupos mais vulneráveis ao vírus.