Adilson Batista pediu retorno do zagueiro, que treinou com o grupo durante a pré-temporada, mas não ficou na Toca por conta de moldes do contrato assi

Com indefinição sobre Marllon, Cruzeiro tenta volta de Ramón, pivô de polêmica no início do ano

O zagueiro Ramón, que chegou a treinar com o Cruzeiro durante a pré-temporada, mas não ficou no clube por conta dos moldes do contrato assinado ainda na antiga gestão, pode voltar a fazer parte do elenco celeste.


Segundo apurou o GloboEsporte.com, a volta do zagueiro foi pedida por Adilson Batista, que pretende ter em seu elenco um defensor com mais experiência na disputa da Série B. O contato inicial entre a diretoria celeste e agentes do jogador já aconteceu, e uma nova reunião entre as partes deve ocorrer durante esta semana.

Ramón é uma alternativa da diretoria cruzeirense em meio à indefinição referente ao empréstimo de Marllon, que pertence ao Corinthians. Segundo apurou a reportagem, o Cruzeiro já chegou "até onde poderia chegar" para contar com o atleta, mas não recebeu uma resposta definitiva por parte do clube paulista. Apenas um zagueiro chegará à Toca.


Curiosamente, o agente de Ramón é André Cury, que foi caracterizado como "persona non grata" no clube por Carlos Ferreira, interlocutor do futebol com o conselho gestor do Cruzeiro. Segundo apurou a reportagem, no entanto, as arestas entre as partes foram aparadas no acordo para a liberação de David e Éderson, que são atletas agenciados por Cury. Na negociação, o Cruzeiro ficou com cerca de R$ 6 milhões e rescindiu com os jogadores, que retiraram ações contra o clube na Justiça.

Entenda o "caso Ramón"

Ramón assinou um pré-contrato, ano passado, acertando um vínculo por uma temporada. Ele estava no Vitória. O jogador também acertou vencimentos de quase R$ 200 mil, vencimento superior ao teto estabelecido pelo clube para a temporada. Em conversa com o GloboEsporte.com, em janeiro, André Cury revelou o modelo do acordo.

Segundo André Cury, à época, o Cruzeiro vinha tentando Ramón desde o começo de 2019, mas não conseguiu devido à dificuldade de negociar com o Vitória. Só foi possível no segundo semestre. Só assinou o pré-contrato quando Abel Braga já estava no Cruzeiro (contratado no fim de setembro e deixou o clube no fim de novembro).

A situação modificou, segundo ele, quando Zezé Perrella assumiu o comando do Cruzeiro, em outubro. De acordo com André, o então gestor do futebol ligou, afirmando que não tinha ciência do acordo. Em janeiro, com o conselho gestor no comando do clube, o jogador se apresentou na Toca da Raposa, mas em função do salário considerado alto, o clube tentou repactuar os vencimentos do atleta. Depois, a diretoria informou que não seguiria com o atleta, e André Cury ameaçou levar a situação à Justiça.