Segundo trabalhadores, hospital passa por problemas estruturais, de pessoal, falta de medicamentos, greve e não se preparou para o carnaval. Secretári

Médicos e trabalhadores denunciam problemas no Hospital João XXIII; governo de MG diz que há melhora na saúde

Enquanto pacientes, médicos e demais funcionários do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, reclamam da falta de estrutura, equipamentos e insumos no maior pronto-socorro de Minas Gerais; o secretário de saúde Carlos Eduardo Amaral reconheceu que há problemas no hospital mas disse que o momento é de recuperação nos serviços de saúde pública.

“O que nós estamos fazendo neste ano que passou é reestruturar a saúde no estado. Então quando fala tem dificuldades. Tem dificuldades sim, é por isso que a gente está em crise, se não, não estaria”, disse Amaral.

“Estamos num momento é de recuperação. Não num momento de piora. [...] Isso não quer dizer que está bom. Mas a gente tem que partir de um momento que estava muito ruim, e nós estamos melhorando”, afirmou.

Outros problemas denunciados atualmente são: a greve de enfermeiros e a falta de preparação da unidade para os atendimentos do carnaval, quando cinco milhões de pessoas são esperadas pela prefeitura nas ruas da cidade.

Uma das reclamações no João XXII é a falta de medicamentos básicos; segundo o secretário, isso não ocorre e há estoque de medicamentos. “Eu vi no noticiário ontem falando que faltava Tiamina, não falta. Nós temos em todo o sistema Fhemig o suficiente que tem, que vai ser trazido para o João XXIII. Não está faltando, a gente não está é com estoque para um mês no João. Isso faz parte da nossa lógica de gestão. Todo estoque que a gente guarda tem que ser utilizado”.

A greve de enfermeiros que completou um mês nesta semana reduz o número de funcionários no trabalho e impacta o atendimento. O secretário disse que o executivo está em processo de negociação e que espera que o movimento seja suspenso.

O médico Otorrinolaringologista, Marcelo Kfoury, afirmou que não há nenhum preparo e investimento para os trabalhos durante os dias de carnaval e que está apreensivo com a situação.

“A gente está com equipe deficitária, falta equipamento e o carnaval vai aumentar 10 vezes o nosso atendimento. O governo não fez nenhum investimento, em termo de melhoria e adequação, tanto da escala de trabalhadores, médicos e enfermeiros, tanto também da situação predial”, afirmou.

Já o secretário disse que acredita que a saúde pública tem condições de atender a demanda do carnaval na capital mineira. “O hospital ele faz parte de uma rede, que é a rede de todos hospitais de Belo Horizonte. Ele não é o único pronto-socorro tem outras estruturas [...]. Essa rede de Belo Horizonte ela é bem montada, eu acredito que tenha condições sim”, afirmou.

Em relação aos problemas estruturais, como elevadores estragados e reforma no telhado, já há um planejamento, mas não há uma solução imediata, segundo o secretário. As previsões são de obras ao longo do ano. Os elevadores, por exemplo, o secretário afirmou que devem estar prontos até o meio de 2020.