Em greve desde quarta-feira, transportadores provocam desabastecimento de vários postos na Grande BH

Greve dos transportadores já provoca falta de combustíveis na Grande BH

A greve promovida pelos transportadores de combustíveis desde a última quarta-feira já provoca falta de gasolina, álcool e diesel em vários postos da Grande BH, de acordo com informações do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro). A entidade representa 4 mil postos de abastecimento no estado e informou por meio de nota que “caso o cenário de greve persista, há sim o risco de desabastecimento geral, uma vez que os postos que ainda possuem estoque não poderão ter a renovação dos produtos armazenados”. O Minaspetro alerta para que os consumidores não promovam a chamada “corrida aos postos”; o que, de fato, aceleraria o processo de desabastecimento.

De acordo com o Sindicato dos Transportadores de Combustível e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque) toda a categoria aderiu à paralisação, que afeta também aos aeroportos. Os caminhoneiros simplesmente pararam de trabalhar, sem fazer qualquer manifestação ou bloqueio de vias. O sindicato espera que o governo federal e também o mineiro desistam dos aumentos das alíquitas sobre o combustível. Não há prazo para o fim da greve. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidora de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) informou que conta com apoio da Agência Nacional do Petróleo ANP e às forças de segurança dos estados do RJ e MG “para que se cumpra a ordem judicial concedida e garanta a normalidade do abastecimento”. As manifestações nas portas das bases e terminais estão, segundo a entidade de classe, interrompendo a distribuição de combustível nestes estados e prejudicando o sistema de abastecimento. “Já estão sendo observados focos de desabastecimento em algumas regiões do estado. O abastecimento de serviços essenciais como barcas, transporte urbano rodoviário, aeroportos, polícia e hospitais pode ser afetado caso a operação de distribuição não seja liberada.”, afirma o Sindicom.